Como mães e pais podem falar sobre diversidade sexual com seus filhos?

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Saiba como abordar temas sobre sexualidade e configurações familiares diversas com seu filho. Seus filhos já perguntaram o que é uma pessoa gay? Ou ao ver um casal de homossexuais se beijando quiserem saber mais sobre? À medida que as crianças crescem, perguntas sobre sexualidade e novas configurações familiares podem surgir.

Os pais, muitas vezes, não sabem como agir e tem medo que isso possa influenciar a sexualidade dos seus filhos. “Muitos pais têm medo de falar sobre esses temas, proíbem que os filhos brinquem de certas coisas (como o menino com maquiagem) ou de terem contato com famílias homoafetivas ou com amigos trans e homossexuais .

Muitos acreditam que isso vai induzi-los a ser gays. Mas, ninguém se torna ou escolhe ser homossexual e nem tem como os pais estimularem ou induzirem isso”, explica a psicóloga Carolina Dantas, mestra em Intervenções Clínicas.

Pesquise sobre o tema

 

Antes de passar as informações para os filhos, é necessário que os pais desconstruam preconceitos e aprendam certos termos, como o que é orientação sexual, identidade e expressão de gênero .

“Esses temas são permeados por muitos preconceitos, muitas crenças limitantes, muitos tabus. Então se torna uma temática muitas vezes difícil para os pais. Os adultos não foram socializados de maneira a enxergar e a perceber a sexualidade humana e toda sua diversidade como algo natural, mas sim como anormal”, explica Carolina.

Esteja aberto para responder perguntas

 

Existem crianças com mais curiosidade em relação a alguns assuntos, já outras, por mais que tenham questionamentos, podem ter vergonha de levá-los aos pais, dependendo da educação que tiveram. Para Carolina, é fundamental que os pais estejam abertos a um diálogo claro e honesto.

Se os pais estiverem em relacionamentos fora dos padrões heterogâmicos, Carolina explica que os filhos irão acabar sabendo. Por isso, é importante não omitir as informações deles. “O melhor é conversar com os filhos, não no sentido de pedir uma permissão, mas no sentido de informar e acolher as dúvidas e os sentimentos, como até uma negação ou crítica. Quando os pais souberem o que está na fantasia da criança ou adolescente, eles terão mais recursos para falar o que necessariamente precisa”.

Use conceitos simples para cada idade e vá ampliando aos poucos

 

É necessário utilizar palavras de fácil compreensão em cada fase de vida do seu filho. “O assunto pode ser abordado em qualquer idade, mas é importante ser conciso na resposta e avaliar o quanto que você está falando satisfaz a pergunta da criança. Responda aos poucos. Se a criança ficar na dúvida, amplie a resposta”.

 

Use filmes, livros e outros conteúdos que falem sobre diversidade

Existe muita informação de qualidade sobre essa temática, tanto voltado para os adultos quanto para o público infantil, que podem ajudar os pais a se educar e educarem os filhos.

“Se as crianças não tiverem esse contato ou vivências mais diversas, traga esses assuntos a partir de livros infantis que falem sobre diversidade de gênero, sexual, de etnias diferentes e PcD (pessoas com deficiência), por exemplo”.

Use conceitos simples

Muitos pais e cuidadores ficam intimidados com a perspectiva de conversar com os filhos sobre sexualidade, e esse assunto geralmente significa responder também a perguntas sobre sexo e genitália.

Nessa situação é recomendado aos pais que tentem (ainda que isso possa ser um desafio) parecer confortáveis na frente das crianças. Aquele velho ditado de que um livro não pode ser julgado pela capa pode servir de exemplo para dizer por que não devemos julgar alguém pela sua aparência.


Esse ideia pode até desencadear uma conversa mais ampla sobre como às vezes é difícil identificar corretamente a identidade de gênero de alguém apenas olhando para ela e como algumas pessoas podem parecer de uma maneira, mas se sentirem diferentes por dentro.

 

Aborde e denuncie a discriminação

O Brasil é um dos países que mais mata pessoas LGBTI+ no mundo. Nas escolas, segundo a Pesquisa Nacional sobre o Ambiente Educacional no Brasil, 60% dos estudantes LGBTI+ se sentem inseguros na escola por causa de sua orientação sexual, 73% são agredidos verbalmente e 27% fisicamente.

Conversas sobre a identidade LGBTI+ com crianças, portanto, não devem evitar essa realidade ou a história mais ampla de leis e políticas homofóbicas e transfóbicas. “Temos um trabalho incrivelmente importante a fazer”.

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